Centro Juvenil P. Amadeu Pinto

No meio do bairro social do Pragal, o Centro Juvenil Padre Amadeu Pinto é uma luz de esperança, fruto da dedicação da Companhia de Jesus e dos muitos que com ele vão colaborando. Neste Centro muitas das crianças e jovens daquela zona recebem o amor, a atenção e muitas vezes a comida, que lhes falta nas suas casas. A maioria passaria o dia na rua, não fora o Centro, numa vida completamente à margem da cidadania. Mas, felizmente, no Centro, têm um local de aprendizagem, de educação, de são convívio, de onde nos últimos anos, têm saído bons resultados.

Escusado será de dizer que um Centro destes tem enormes custos de operação. Nos últimos dois anos tudo foi possível graças ao apoio de uma fundação espanhola que quis e pode acarinhar este trabalho. Mas, para este ano (2016), já não há esse apoio…

Como funciona

O Centro apoia cerca de 100 crianças dos 5 aos 14 anos. Está aberto entre as 15h00 e as 20h00, de segunda a sexta-feira. Ajuda as crianças nos trabalhos escolares, reforçada com explicações, fornece ainda um lanche a cada criança e encaminha-as para actividades extra obrigatórias lúdicas, artísticas e desportivas. Primordialmente, cada criança que frequenta o Centro representa menos uma criança na rua e com uma vida mais promissora. Conforme acima referido trata-se do primeiro Centro criado nos moldes aqui descritos, dependendo do sucesso desta experiência a criação de novos centros em situações de natureza idêntica.

O lema do Centro é "Fazer o bem, bem feito." Esta frase, tão querida pelo Padre que deu o nome ao Centro, inspirador da obra entretanto falecido, norteia a sua ação e as relações no Centro. Pretende-se dar a conhecer o Bem tal como Jesus o anunciou, aprender e exercitar a forma como Ele o realizou.

Os 3 pilares da forma de educar no Centro são:

  • Educar para a Sabedoria: através do apoio escolar (trabalhos de casa e explicações), pretende-se que as crianças descubram e valorizem aquilo que está por detrás dos ensinamentos e o seu sabor, que vão progressivamente compreendendo as implicações reais dos conteúdos que aprendem na formação da sua identidade e do seu futuro, assim como contribuir para o bem comum da sociedade.
  • Educar para a Sensibilidade: através de uma série de ateliers artísticos pretende-se que as crianças descubram o valor da Beleza na sua infindável riqueza. Pretende-se ainda ajudar cada criança a descobrir e exercitar a linguagem que lhe for mais pessoal na vivência dessa mesma Beleza.
  • Educar para a Expressividade: o nosso corpo, palco de tantos desafios, é hoje cada vez mais o ponto de partida das nossas decisões. Pretende-se educar as crianças para uma sã e verdadeira relação com o seu próprio corpo e com o corpo dos outros, que as crianças possam descobrir, sobretudo através do desporto, o potencial de criatividade do seu próprio corpo, a sua facilidade de comunicação, e a contínua disposição em adaptar-se harmoniosamente ao mundo que as rodeia.

Em tudo, pretende-se educar para um Cuidado Compassivo: que as crianças descubram a importância do Cuidado por tudo o que existe e a cada um confiado. Um cuidado compassivo, na medida em que cada criança se responsabiliza pelo que existe, através de um conhecimento interno dessa realidade, e assumindo-a como sua.

Que necessidades tem

  1. Voluntários com disponibilidade entre as 15h00 e as 20h00, sendo mais importante assegurar o horário das 17h30 às 20h00.

Estes voluntários têm como tarefas ajudar nos TPC e nos lanches, acompanhar nas actividades lúdicas e artísticas (tipo ATL) com preparação para dias especiais (dia do Pai, da Mãe, actividades plásticas, etc).

Apoiam no desporto, dança, contam histórias, etc.

Cada voluntário tem de se comprometer com, pelo menos, um dia por semana - é necessária regularidade e fidelidade. Se o voluntário falta a criança com quem trabalha fica sem ninguém que a ajude.

As actividades começam em Outubro e estendem-se até meados de Junho.

 

  1. Profissionais, sobretudo na área da saúde – dentistas, oftalmologistas, pediatras – que possa receber e/ou encaminhar as crianças que não têm dinheiro para pagar consultas e, por vezes, são casos urgentes.

O que podemos fazer

E é aqui que podemos entrar nós, respondendo ao convite que o Papa nos fez neste dia Mundial da Paz: “(…) com o Jubileu da Misericórdia, quero convidar a Igreja a rezar e trabalhar para que cada cristão possa maturar um coração humilde e compassivo, capaz de anunciar e testemunhar a misericórdia, de «perdoar e dar», de abrir-se «àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática», sem cair «na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói (…)»

  1. Ser voluntário;
  2. Associar-nos à já existente recolha de fundos que conseguiu pagar, este ano, a renda da garagem;
  3. Trazer ao Centro novas ideias, reais e possíveis, de financiamento e usar os nossos conhecimentos para divulgar esta obra;
  4. Colaborar, na medida do possível, usando a nossa área profissional.