Archives for February 2012

Vamos (juntos) mudar a imagem do nosso Blog

Somos, como vós, membros da CVX-SUL e reunimo-nos em equipa para dinamizar o nosso Blogue o Facebook.

Começamos pela imagem do Blog, que queremos actualizar de acordo com os vossos gostos e preferências.

Vamos fazê-lo em duas etapas: primeiro, aguardando e acolhendo as vossas fotografias; depois, registando a vossa votação. Tudo isto através do facebook da CVX-SUL. A fotografia mais votada será a nova imagem do nosso Blog.

Explicando melhor:

Entrem na nossa página do facebook.

E, até ao dia 15 de Março:

• Coloquem no mural da página do facebook da CVX-SUL fotografias da nossa região ou relacionadas com ela; se não tiverem facebook, enviem-nos por e-mail que nós publicamos.
• As fotografias têm que ser originais vossos ou de amigos e familiares e são cedidas para serem utilizadas e divulgadas livre e gratuitamente, sem necessidade de qualquer comunicação aos seus autores.

De 15 a 31 de Março:

• Votem na vossa fotografia preferida clicando em Gosto quando a fotografia for publicada pelo utilizador CVX-SUL. A fotografia que recolher mais votos será a escolhida para o Blog.
(ATENÇÃO: Para colocar fotografias a votação é necessário adicionar a CVX-SUL como amigo no facebook).

BOAS FOTOGRAFIAS! BOA VOTAÇÃO!

A Equipa do Blog e do Facebook!

Via Sacra 2012

Fomos mais de 100 e estavam representados para lá de uma vintena de Grupos.

Foi uma celebração  muita bonita e profunda.

Uma cruz e uma comunidade em seu redor.

"A grande maioria dos leitores trouxe um riqueza acrescida pela forma cuidada, clara e articulada como leram. Alguns bonitos timbres de voz! O som do ambão de qualidade muito boa." (Diogo Pais-Romanos, 8)

No final, antes da oração de conclusão, o Pe Alberto Sousa, que nos guiou, deu o lema desta caminhada quaresmal: "Solidariedade, entreajuda! Sem o vosso apoio eu não teria conseguido levar a cruz durante as 14 estações. Estas escassas dezenas de metros não teriam sido possíveis sem  a vossa ajuda."

No final, à saída, sentia-se uma comunidade em consolação.

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Via Sacra CVX-2013 na Igreja de São João Baptista do Lumiar.

 

 

Fica o guião da Via Sacra em formato livrinho para quem quiser imprimir.

Apresentação à Via-Sacra no Coliseu de Roma em 2002

As meditações das estações foram retiradas da  Via-Sacra em Sexta Feira Santa, no Coliseu de Roma em 2002 presidida pelo Santo Padre João Paulo II.

 A sua novidade está na multiplicidade dos autores: catorze jornalistas e agentes da comunicação social, homens e mulheres, todos leigos, acreditados junto da Sala de Imprensa da Santa Sé.

 Eles souberam associar o mistério de Jesus Nazareno com os factos da história contemporânea: pessoas e rostos, circunstâncias e lugares do nosso mundo também constituem uma Via-Sacra diária, continuando Cristo a viver e sofrer em tantos nossos irmãos e irmãs: nos humildes e nos pobres, nos deserdados e nos doentes, nos presos e nos perseguidos, nos sem abrigo e sem pátria.

 in DEPARTAMENTO PARA AS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS DO SUMO PONTÍFICE 

 



“Efeitos terapêuticos e profilácticos da Ação de Graças”

É comum ouvirmos, e sentirmos nós mesmos, dificuldades relacionadas com a prática do Exame Inaciano (aqueles 10 a 15 min. de "flashback do meu dia pedindo a Graça de estar consciente das situações em que senti Deus mais próximo e aquelas onde O me senti mais distante.). "É difícil", dizem uns;  "não sei o que hei-de fazer ou dizer", dizem outros; . ... e ainda "um minuto e estou logo a dormir"; dizem uns e outros. E a gente tenta "num jogo de cintura" narrativo procurar exemplos criativos para ajudar a pessoa a ter aquele "insight" a partir do qual o "Exame para Tomar Consciência" passa a ser um momento de verdadeira experiência do Espírito Santo ao longo do meu dia.
Recentemente, ao celebrar os 50 anos do Carlos Simões - do meu grupo A Porta - conheci aquela que é até agora, uma das mais inspiradoras imagem e  intuição da natureza profunda do tempo de "Exame Inaciano"- Tempo de Acção de Graças. Apressei-me a pedir ao Carlos para poder partilhar com a comunidade este rasgo de inspiração e ele deu-me autorização para vos propor esta leitura: "Efeitos terapêuticos e profilácticos da Acção de Graças". Obrigado Carlos e vê-se que os próximos 50, prometem !
Miguel Villa de Freitas

“Efeitos terapêuticos e profilácticos da Ação de Graças”

Para as afecções do foro espiritual, psicossomático e relacional, a Ação de Graças é uma excelente solução para todas as perturbações do equilíbrio homeostático.

O seu mecanismo de acção é o da conversão interior e da mudança de vida.

O paciente sente rapidamente a sua eficácia:

Porque o coloca numa relação de proximidade e na presença de Deus, o que já é um excelente princípio! Com tudo aquilo que sabe, e ainda com aquilo que não sabe nem imagina, que pode ganhar e crescer com isso.

Porque o ajuda a tomar consciência de que o que tem é muito mais do que o que lhe falta. E como tal é reconfortante no meio de tantas crises económicas, pessoais, profissionais e relacionais.

Porque lhe permite moderar e a ajustar a sua ambição, e o que isso o ajuda a reduzir a ansiedade e a tensão arterial.

Porque o auxilia a lidar melhor com as suas frustrações e como isto é benéfico para as suas angústias e depressões.

Porque o e faz tomar consciência de que o que tem não é fruto do seu esforço, mas da graça e amor infinitos de Deus. Aliviando os graves sintomas de arrogância e de presunção que o diminuem e são, muitas vezes, o veneno que destrói a sua tolerância e a base da relação com o outro.

Definitivamente ajuda-o imenso a rezar e a serenar, porque lhe vai despertar sensações positivas, de conforto e de paz interior. Reduzirá a sua frequência cardíaca e liberta endorfinas.

A partir da acção de graças conseguirá olhar para a sua vida com mais verdade e mais humildade, o que é muito favorável à aprendizagem, pois deixará cair todas as máscaras que usa para se proteger.

Sentirá crescer em si uma nova esperança, antídoto perfeito em que o medo e o sofrimento se atenuam significativamente.

Sentirá como inevitável a necessidade de se reaproximar de Deus, de se abrir ao Seu amor, de querer mudar a sua vida para o lado luminoso.

As relações com as pessoas que o rodeiam tornar-se-ão mais gratificantes, porque conseguirá apreciar mais facilmente as suas qualidades em vez de se focalizar nos seus defeitos.

A sua relação com a vida adquirirá novas tonalidades porque conseguirá ver o seu lado positivo e luminoso, em vez de olhar só para as suas frustrações e para os momentos sombrios.

Experimentará novas sensações que vai descobrir neste caminho que o levará a subir à montanha e a avistar todo um mundo de paz e de felicidade, onde antes só via drama e um horizonte nada animador.

A terapêutica será um sucesso, como se poder antever.

É óbvio que não podemos menosprezar a abordagem profiláctica da Ação de Graças.

Evita a aridez, a desolação e a pobreza espiritual.

Irá fazê-lo sentir-se mais rico em capacidades e competências, e aberto a novas e melhores iniciativas.

Previne problemas cardiovasculares e a soberba.

É o melhor preventivo para a depressão e a angústia.

Revitaliza e fortalece relacionamentos e reduz o número de divórcios.

Efeitos profilácticos conhecidos para o sofrimento e a dor, mesmo nas doenças terminais.

Evita as manifestações mais perniciosas da crise da meia-idade, os conflitos conjugais e com adolescentes.

Mas onde o efeito profiláctico se torna mais evidente é num síndrome muito comum que é o da refilice e do queixume crónico, que gera nas pessoas uma sensação de insatisfação permanentes e de vitimização. Tem uma taxa de erradicação pela prevenção e um efeito terapêutico muito assinaláveis.

O excipiente da simplicidade e da humildade é fundamental para o paciente se colocar numa  atitude de ação de graças.

Incompatibilidades - esta técnica é incompatível com pessoas autocentradas e demasiado cheias de seu poder profissional, económico e social, que começam a não ter condições para se deixar ajudar e para arriscar ajudar os outros.

Efeitos secundários - nestas situações podem manifestar-se reacções como mal estar, dificuldade em adormecer, vertigens, náuseas, perturbação na condução da sua vida, irritabilidade, necessidade de afirmação e tristeza idiopática.

Posologia – Tomar uma dose, várias vezes ao dia. As vezes necessárias até se sentir uma pessoa mais feliz."

Carlos Simões

DIA MUNDIAL CVX 2012 – O significado de ser membro da CVX

Os nossos princípios gerais, especificamente o PG.10, situam o ser membro da CVX como uma verdadeira vocação pessoal. Ser membro da CVX é o resultado de um processo de discernimento e de um compromisso vivo e genuíno com a comunidade (desde o pequeno grupo e/ou comunidade local, até à comunidade nacional e mundial), entendida como o grande Corpo Apostólico que significa a CVX, e o nosso “estilo de vida” (PG:12)

 No dia mundial da CVX 2012, somos convidados todos, comunidades e amigos próximos, a reconhecer como o compromisso dentro da CVX, os pilares de formação, apostolado e espiritualidade, a co-responsabilidade financeira, e tudo o que vivemos dentro da comunidade se integram dentro do que significa ser membro da CVX.

O problema da compreensão do “ser membro” hoje

O tema da participação, ser membro de algum corpo, está marcado nos nossos dias pelas estruturas humanas (sociais, económicas, políticas e culturais) que imperam no mundo de hoje. Na maioria dos casos, ser membro, é entendido como a pertença a grupos formais que se tornam em espaços isolados ou diferenciados, de maneira a que possamos assumir a nossa identidade, a diferença dos outros, incluindo negando-os.

O ser membro de, desta perspectiva actual, geralmente estabelece distâncias entre pessoas, em muitas ocasiões, fá-lo em virtude do que se possui a nível material ou de relações (ex. clubes, grupos ou associações de elites exclusivas que se reconhecem por uma superioridade económica, intelectual ou social). Noutros casos constroem-se espaços de pertença em função de diferenças culturais, de origem, de crença, ou outras (ex.: grupos de identidade étnica, imigrantes que se articulam em função do seu sítio de origem, ou grupos religiosos que se fecham em si mesmos, para reforçar a sua identidade frente ao que é diferente). Como comunidade, somos também reflexo do nosso contexto e ao estar sob a influência das estruturas que nos rodeiam, é necessária uma paragem no caminho e perguntarmos como compreendemos e vivemos o sentido de ser membro da CVX no meio desta realidade. Somos convidados pelo EXCO a fazer uma pausa, um “momento de reflexão” com a seguinte pergunta:

Como me influenciaram as estruturas sociais, económicas, políticas e culturais para a minha compreensão do conceito de ser membro de um corpo,  como pessoa,  como cristão e como membro da CVX?

Outras perspectivas:

Uma visão que nos pode ajudar a compreender o sentido de ser membro é o que nos localiza como seres humanos com as nossas particularidades e diferenças, como reflexo do nosso conteto social e cultural, e por sua vez nos reconhece como membros todos de uma só família humana. Como CVX, isto permite-nos uma articulação com a nossa convicção de que somos todos filhos/as de um mesmo Deus que é sobretudo expressão do  amor profundo pela sua criação, especialmente pelo homem e a mulher (Gn 2, 1-7). Deus deseja que o ser humano entenda o sentido da existência para que não esteja só e viva plenamente (Gn 2, 18-23).

Um exemplo que nos pode ajudar a compreender o ser membro de um corpo neste sentido, é o que se vive no espaço familiar. Da nossa perspectiva como CVX,  a família é o espaço mais importante onde começa a verdadeira escola de fé, de dignidade e de recriação do Amor de Deus entre os seus membros e para toda a humanidade, sobretudo os mais excluídos e vulneráveis (PG.4). A família deve ser vista mais além da mera consanguinidade, mas sim a partir do sentido de comunidade de vida, de onde nos sentimos membros porque esta se torna uma referência de confiança, convivência e acompanhamento da vida quotidiana. A família torna-se o espaço de intimidade que permite a profundidade do encontro a partir de um amor sério, profundo e responsável. Também é um espaço de procriação da vida em sentido amplo,isto é, como reprodução do género humano, mas também como sustento, orientação e no sentido de construir uma sociedade a partir do compromisso. É o espaço onde se vive de maneira solidária a satisfação das necessidades de realização pessoal incluindo as económicas. Tudo isto em volta do eixo da vivência espiritual como elemento integrador de toda a experiência familiar.

Pistas desta nossa fé para compreender o ser membro da CVX.

  1. Todos ficarão cheios do Espírito Santo (Act 2, 1-11). O ser membro da CVX começa com a certeza da força viva de um Deus que enche as nossas vidas. i.é, reconhecemos a presença amorosa do Espírito que nos leva a constatar que o amor de Deus é uma força transformadora que nos sustenta ao longo das nossas vidas. A nossa identidade sustenta-se da certeza de que Deus habita em nós apesar dos nossos limites, e que pelo seu Amor somos chamados a fazer parte desta grande comunidade de homens e mulheres que dão testemunho dele. (PG 2).
  2. Vejam como se amam! Os crentes viviam unidos e tinham tudo em comum, distribuíam entre todos segundo a necessidade de cada um (Act 1, 42-47). A nossa vivência de Deus tem também um modelo que se refere à constatação de que Deus mesmo se fez um de nós. A encarnação de Jesus é o elemento chave da nossa vocação como cristãos, e como membros da CVX. É a partir desta realidade que assumimos o sentido de ser comunidade, mais além de formalismos, é visível pelo amor profundo, o compromisso, a solidariedade e o acompanhamento de uns a outros, que se constata a nossa vivencia comunitária (PG. 7).
  3. O Senhor enviou-os a dois e dois: “A messe é grande mas os trabalhadores são poucos” Lc 10, 1-5). Portanto o sentido de ser membro CVX, tece-se a partir de (a)da identidade que nos dá a certeza do Espírito de Deus em nós, (b) afirma-se a partir da expressão comunitária de solidariedade e fraternidade amorosa, (c) necessariamente deve concretizar-se no sentido de missão que nos leva ao encontro das necessidades mais urgentes do nosso mundo. O ser membro é o compromisso concreto de sair ao encontro dos mais empobrecidos. Cristo envia-nos em comunidade a trabalhar pela construção do Seu reino. Então, a necessidade de estruturas, processos de indução, toda a nossa formação e qualquer expressão de processos para integrarmos a CVX devem orientar-se sempre para a missão e compromisso com a realidade (PG. 8). Só assim nos vamos fazendo “membros”  plenos.

Neste momento convidamos a comunidade a fazer um “Segundo momento de reflexão” em torno das seguintes perguntas:

a)Qual foi a minha experiência de descoberta de um Deus amoroso e a força do seu Espirito na minha vida como cristão e como membro da CVX?

b)Quais foram as minhas vivências mais significativas de encontro em comunidade (de solidariedade e de fraternidade) que temos vivido dentro da CVX?

c)Como temos respondido ao compromisso apostólico com os mais pobres como membros da CVX enviados à missão de construir o reino?

Como entendemos, então, o sentido de ser membro CVX a partir destras três pistas?

(Recolher as reflexões, noticias e fotos da celebração e enviá-las para o EXCO e elaborar um documento com os testemunhos das comunidades locais.)

Em jeito de despedida damos graças a Maria, nossa mãe pelo seu testemunho vivo do que significa ser membro de forma valente, gratuita e amorosa. O seu exemplo permite-nos viver paulatinamente o processo para uma pertença mais plena como membros da CVX em toda a sua amplitude. O seu testemunho confirma o horizonte claro de que isto nos permitirá viver mais profundamente o nosso compromisso como Corpo Apostólico Mundial

Mauricio López Oropesa/ Consultor

Lois Campbel /Consultora